Se o Brasil
fosse um planeta, sua órbita estaria situada na área de risco extremo. Nos
filmes de ficção científica sempre tem uma nave espacial que antes de dar seu
salto quântico, precisa primeiro se desvencilhar da região infestada por rochas
letais que podem romper sua fuselagem caso não haja no leme uma equipe de
navegadores experientes. Os fãs de StarTrek
sabem do que estou falando.
Nossa
história tem sido pontilhada por gente desqualificada nesse comando. O ditador Getúlio Vargas (1937 a 1945) era um
nacionalista-populista que flertava com o fascismo de Benito Mussolini e com o nazismo de Adolf Hitler. Só nos últimos minutos do segundo tempo é que decidiu
entrar na luta contra o “Eixo”. Poderia ter investido pesado em educação e não o
fez. Preferiu entrar em luta contra o Parlamento: “a ação política é um empecilho à modernização da sociedade”, dizia.
Autointitulado “Defensor dos Trabalhadores” criou um sindicalismo de Estado que
ao mesmo tempo reprimia qualquer tentativa de livre organização. Vargas era antiliberal
convicto e corporativista visceral. Criou estatais e o cerne de uma burocracia
poderosa que até hoje esmaga a jugular do país. Oitenta anos depois ainda
encontra eco em partidos arcaicos como PTB
e PDT.
Mas tem
gente pior. Marx já havia declarado
que o socialismo era tão somente uma etapa para se chegar ao comunismo. Sua
teoria destrambelhada pregava que o capitalismo estava em seus estertores e que
o futuro seria o do Estado Forte, Partido Único, e claro, o colapso da
propriedade privada. Deu no que deu. Seus melhores exemplos de sucesso podem
ser encontrados em Cuba, Venezuela e Coreia do Norte. Por aqui temos toda a cambada de esquerda (PSOL, PCdoB, PT e outros
satélites) que tenta ludibriar os incautos com essa lenga-lenga furada. Eles todos
são contra a Reforma da Previdência
porque sabem que se ela for finalmente implantada todo um ciclo virtuoso se
abrirá para o país e eles jamais voltarão ao poder.
Perdemos
repetidas chances de nos tornarmos desenvolvidos e ricos. Juscelino Kubitscheck preferiu usar o dinheiro da nação para a
construção de Brasília. Poderia ter investido pesado em educação e não o fez.
Os militares, em seus vinte e um anos de governo, replicaram de certa forma o modo de pensamento varguista. Criaram estatais (lembra da Embratel? Cobra Computadores?). Jamais acreditaram no
livre mercado e no livre empreendedorismo. Poderiam
ter possibilitado um choque de capitalismo na nação que resgataram da ameaça comunista urdida por Jango et caterva, e não o fizeram. Poderiam
ter feito como a Coreia do Sul e investido pesado em Educação e não o fizeram.
Collor arriscou uma abertura comercial mas preferiu
meter a mão no dinheiro fácil e foi impichado. Itamar Franco era tão moderno quanto um T-Rex. FHC resgatou o país do buraco-negro da inflação com o Plano Real.
Ensaiou um programa de privatizações benéficas. Mas, preferiu lutar pela
reeleição e pavimentou o caminho para o lulismo.
O resto
você já conhece. Lula tinha poder e
prestígio para fazer todas as reformas modernizantes de que o país sempre
precisou. Não fez. Preferiu ampliar o programa assistencialista criado
por FHC rebatizado de Bolsa Família. Poderia ter investido pesado em Educação e
não o fez. Preferiu comprar parlamentares venais com o Mensalão. Roubou e
deixou roubar como nunca dantes na história do país. Ele e seu partido
destruíram nosso sonho de riqueza e modernidade.
Se o atual
governo fizer apenas a Reforma da
Previdência entrará para a história. Todo o resto virá a reboque. O mercado
e a sociedade saberão o que fazer para gerar riqueza. A receita é aquela que
Estados Unidos, Alemanha, Japão conhecem de cor. Liberdade para empreender. Liberdade
para o cidadão. Estado mínimo. Máxima concorrência.
Tudo o que
a esquerda abomina. Eles serão varridos do mapa em uma economia pujante. Eles
são o nosso cinturão de asteroides.