Tudo já foi dito pelas dúzias de articulistas competentes de
Norte a Sul do país. Mas, na verdade, a data de hoje (independentemente do
impeachment ou não) entrará para a história como o dia em que a sociedade
decidiu assumir seu indelegável papel de controle sobre seus representantes no
Congresso.
Para chegar a esse ponto foi preciso que o partido no poder
rompesse todas as barreiras éticas e ultrapassasse todos os limites da
compostura política. Foi uma reação tardia. Poderia já ter ocorrido no governo-mensalão
do Lula.
Mas, tudo tem seu tempo e finalmente o tomar das rédeas de seu próprio
destino pelos brasileiros de bem (a esmagadora maioria) chegou.
A lista de decisões equivocadas ou até mesmo
mal-intencionadas do governo da estrela vermelha é tão extensa quanto cansativa.
- Não apoiou Tancredo Neves;
- Não chancelou a “Constituição
Cidadã”;
- Combateu o Plano Real;
- Centrou-se na cooptação da parcela mais pobre da população
com programas sociais sem porta de saída;
- Demonstrou ojeriza à
gestão profissional do Estado;
- Aparelhou com a escória do ativismo sindical e militantes sem escrúpulos, empresas estatais, fundos de pensão, órgãos públicos,
ministérios, etc.
- Adotou as mais nefastas falcatruas para o desvio de
dinheiro público visando abastecer os cofres do partido;
- Destruiu todas as conquistas advindas da Lei de
Responsabilidade Fiscal levando o país à bancarrota (inflação elevada com recessão e desemprego em massa);
- Desprezou com soberba doentia a classe média geradora de
riquezas (aquela que trabalha, estuda, produz, compra e vende);
- Demonizou empresários e investidores resguardando, é claro,
um séquito de aduladores destinatários de todas as regalias;
- Ignorou os princípios basilares que formam uma nação (
orgulho pelos seus símbolos, bandeira, hino, heróis verdadeiros) substituindo-os
por valores e crenças político-partidária afinadas com o que há de mais
retrógrado no continente;
- Apoiou ditadores sanguinários e grupos extremistas
ignorando seus crimes contra a humanidade;
- Humilhou a diplomacia brasileira mundialmente reconhecida por
seu pragmatismo e competência substituindo profissionais de carreira por descerebrados fanáticos apoiadores
das causas mais abjetas;
- Usou o poder para a compra de consciências venais imaginando-as
meros marionetes de seus desejos inconfessáveis;
- Utilizou-se sem qualquer pejo da mentira, da injúria e do
embuste repetidos ad nauseam para hipnotizar
mentes vulneráveis ou servir a propósitos escusos;
- Destruiu símbolos do orgulho tecnológico (Petrobrás, p ex.)
sugando através de atos de corrupção explícita e desmandos primários de gestão
seus recursos financeiros;
- Associou-se a grupos criminosos e antidemocráticos (MST e
outros) instigando a luta armada e o ódio à sociedade produtiva;
- Adotou o desprezo terminal à oposição e
qualquer outra voz discordante da sociedade civil como forma de construir o
modelo de partido único monocórdico e ditatorial.
A lista é longa. Hoje, este modelo político, asfixiante da
liberdade econômica, empreendedora e individual está em seus estertores.
O deputado Heráclito Fortes PSB-PI, jocosamente, definiu a
personalidade deste, que outrora pretendeu ser o benchmarking da lisura e da ética políticas:
“ No novo governo, nós queremos dar ao PT o Ministério da Ação de Graças.
O problema é que eles não aceitam nada de graça...”