A foto de artistas no tapete vermelho de Cannes denegrindo a imagem do país através da mentira ideológica já
é notícia velha. Nesses dias pós-impeachment cada período de 24 horas parece
multiplicado por 10. Artistas, no Brasil raramente “vão aonde o povo está” como
diz Milton Nascimento em “Nos Bailes
da Vida”.
Deveriam se espelhar no exemplo de Angelina Jolie. Ela, uma das mulheres mais belas, famosas e ricas
do cinema mundial despe-se de todo o glamour, veste-se de preto e vai visitar
locais afetados por guerras e em situação de extrema pobreza ou risco. Angelina
é a embaixadora da ONU para as
causas humanitárias defendendo direitos dos refugiados ao redor do planeta. Mas,
não só! Em 2010, por ocasião do terrível terremoto que assolou o Haiti, Angelina lá estava visitando
crianças e adultos em hospitais improvisados. Ela e seu marido Brad Pitt, doaram na ocasião, um milhão
de dólares ao país.
Não quero ser injusto com os artistas brasileiros. Certamente
muitos há que façam algo pelos desvalidos no país e prefiram manter segredo
sobre isso. A questão é outra.
Sempre houve no Brasil tragédias que vitimizam boa parte da
população e nos envergonham como cidadãos e seres humanos. O que dizer de
crianças que tentam receber aulas em barracos de taipa nos grotões nordestinos?
Ou como suportar a visão de pessoas amontoadas nos corredores dos hospitais sem
atendimento médico?
A Saúde faliu no
país. A Educação idem. Algum artista
usou de seu prestígio para protestar ou exigir mudanças em relação a esse status quo? Grande parcela de nossos
artistas acha eticamente defensável lutar por verbas e privilégios advindos
mais do alinhamento ideológico com o governo vigente do que qualquer outra
coisa.
O governo petista provocou o maior desastre econômico e
social do país em toda a sua história. O rombo nas contas públicas já está
beirando a indescritível cifra de 200 bilhões de Reais. Décadas serão necessárias
para arrumar isso. Algum pronunciamento oficial da “classe artística” sobre o
tema?
Os desempregados, nos dizem as estatísticas, assumem
proporções bíblicas em seus 11 (otimista) ou 14 milhões (realista) de vítimas.
Alguma solidariedade expressa pelos glamurosos atores e atrizes da TV?
As consequências danosas do desgoverno de Dilma Vana ainda estão longe de ser
totalmente quantificadas. Uma coisa é certa. Qualquer que seja o governo terá
ele que liderar um ajuste sem precedentes nas contas públicas para que tenhamos
algo a chamar de país no futuro. E o que vemos? Adolescentes mimados esperneando
pela perda de privilégios e totalmente alienados à situação de penúria em que
fomos despejados, todos nós, cidadãos brasileiros.
Enquanto os “artistas” se considerarem uma casta diferenciada
da sociedade imune ao trabalho duro ,conjugado ao risco inerente a qualquer empreendimento para atingir sucesso, jamais
farão de sua arte algo que valha a pena. E não será um “ministério” que fará
alguma diferença.
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