Quem não se lembra de “Dias de Fúria” ( título original Falling Down , dirigido por Joel Schumacher, EUA-1993) com Michael Douglas no papel do tresloucado
William Foster ? Foster após um dia difícil pede no
balcão de um restaurante “fast food” seu café da manhã e recebe a resposta de
que isso não é mais possível pois já se
passaram exatos dois minutos da hora desse serviço e agora se ele quiser terá
que pedir algo do menu do almoço.
Claro que Foster
não recebe bem a proposta e saca um fuzil ameaçando transformar o local em peneira.
O cliente sempre tem razão, não é mesmo? Após seu convincente argumento,
finalmente, o café lhe é servido.
O Brasil está na pele de William Foster. Ninguém aguenta mais o (des)governo de Dilma Vana que transformou o país em um
quiosque de beira de estrada de péssimo serviço, preços caros e menu inexistente.
A gerente do quiosque é, como todos sabem, intransigente, raivosa e trata seus
clientes com desprezo e prepotência.
Dilma Vana virou uma “sem
noção” completa. Pensava que poderia mentir aos seus eleitores sem
consequências. O resultado está aí. A última pesquisa CNT/MDA divulgada em 23.03.15 crava em 84% o percentual da
população que afirma que ela não cumpriu o que prometeu na campanha eleitoral.
Quando se trata da avaliação pessoal da “presidenta”
seu índice de desaprovação bate em 77,7 %. Embora a palavra impeachment ainda seja um tabu por parte
da opinião pública é ilustrativo conhecer que 59,7% da população são favoráveis
a esse recurso.
Nada de positivo (para o governo, bem entendido) aconteceu
após os protestos de 15 de março. Dilma
Vana demitiu seu Ministro da (Des)Educação e o novo, Renato Janine, já admite o corte de programas. Nenhum dos 39
ministérios foi eliminado. O ex-Ministro da Secretaria da Comunicação Social Tomas Traumann reconheceu (o óbvio) que
o governo é um caos e pediu demissão. O (des) articulador político Pepe Vargas foi defenestrado. Eliseu Padilha, atual ministro da Aviação
Civil, foi convidado para a vaga e a recusou. Até agora não saiu o balanço
auditado da Petrobrás e a fila dos
processos internacionais contra a má gestão financeira da empresa tem um novo
integrante – ora, vejam, a comportadíssima Suécia.
As tarifas públicas explodiram e a inflação não dá trégua. A CUT vai a campo contra o Projeto de Lei 4330/04 (sobre a terceirização)
que é simpático ao governo. Ainda não foi apontado um substituto para o ex-Ministro
Joaquim Barbosa ( que se aposentou há
mais de seis meses). E para complicar ainda mais a situação, o criador de Dilma Vana ,também conhecido como o Molusco de Caetés, trama nos bastidores
para descolar sua imagem da desastrada criatura.
Enquanto isso falta luz, água, aquecimento, ar
condicionado, internet, papel para impressoras e outros artigos de primeira
necessidade nas embaixadas brasileiras de Tóquio a Benin. É a venezualização em
marcha acelerada da diplomacia nacional.
No próximo dia 12 de abril haverá um novo protesto.
Tudo indica que será ainda mais contundente que o primeiro. Para não sermos injustos
com Dilma Vana, há que se registrar seu
recentíssimo pronunciamento sobre a Petrobrás: “Eu tenho certeza de que a luta para a recuperação da Petrobrás que está
em curso é minha, é do meu governo e interessa a todo o povo brasileiro”.
Ué? Mas não foi o partido dela que destruiu a Petrobrás? O mínimo que a sociedade
pode esperar é uma “luta para a recuperação” daquela que outrora foi a empresa
orgulho da nação.
Dilma Vana está
brincando com a fúria dos brasileiros...
Como brinde, aí vai o mais emblemático trecho de Dias de Fúria.