Países totalitários adoram dizer-se
“socialistas”. Os mais descarados pespegam a palavra “democrática” aos seus
nomes como forma de ludibriar os paspalhos. Partidos políticos, então, usam de
todos os subterfúgios possíveis para dar a impressão de que suas raízes
estão fincadas em algo remotamente
“republicano” ou qualquer coisa que remeta à liberdade. Balela pura.
O mundo jamais foi o mesmo depois da
queda do Muro de Berlim ou do ataque às Torres Gêmeas. A tríade agora ficou
completa com o sanguinário assassinato dos cartunistas do Charlie Hebdo. Nada será como antes. O planeta foi repentinamente
dividido entre o clarão da liberdade e o breu dos déspotas. Não dá mais pra se
esconder em uma zona cinzenta.
As ditaduras teocráticas são
simplesmente isso: ditaduras. Todos sabem que o que eles querem mesmo é
decapitar qualquer cabeça que não se paute por suas crenças e costumes petrificados.
Fiquemos na patética América Latina
dos bolivarianos. Não foi nenhuma surpresa constatar que a Argentina de Cristina Kirchner, a Venezuela de Nicolás Maduro, o Equador de Rafael Correa, a Bolívia de Evo Morales e, claro, a Cuba da
dinastia Castro manifestaram uma
condolência meramente formal pela barbárie ocorrida em Paris. É óbvio que não
tiveram a cara de pau de expressar o mais tíbio apoio à liberdade de expressão
já que todos eles encarceram opositores, perseguem jornalistas e expropriam
órgãos de comunicação.
Kirchner tenta a todo custo calar o Grupo Clarín que lhe faz oposição. Se isso
não lhe parece suficiente pasme: uma tal “Juventude Kirchnista” da Argentina louva as
ditaduras da Síria e da Líbia dizendo-se “herdeiros
de Perón e Evita” e que estão
prontos para a guerra “da terceira via” (seja lá o que essa insanidade possa
ser).
Maduro, esse é mais um recalcado alucinado
que se autoproclama o arauto do esmagador de consciências Chávez que deve nessas horas, estar em
algum círculo inferior do inferno (Dante
nos disse que são nove...). Correa é
mais um ridículo tiranete que encarcerou os diretores do jornal El Universo e ainda os condenou a pagar
US$ 40 milhões por causa de uma denúncia contra ele. O cocaleiro Morales já fez de tudo um pouco: não só silencia as vozes
divergentes da imprensa, mas, sobretudo, se especializou na caça a políticos,
magistrados e todos quantos ousem expor suas falcatruas. Sua Ministra das
Comunicações, Amanda Dávila não
deixa dúvidas ao declarar que a justificativa para o massacre foi “o fanatismo racista contra islamitas,
xenófobo e de direita”.
Cuba, China e a Rússia do neo-czar Putin, todos compulsivos exterminadores da liberdade de pensamento, esconderam-se
atrás do manto da invisibilidade diplomática. Talvez você não saiba, mas em
2011 Dmitri Pavliutchenkov , alto
dirigente da Polícia Russa, foi acusado de ter planejado o assassinato da jornalista
Anna Politkovskaia ocorrido em 2006.
Anna criticava as brutais ações do então presidente Vladimir Putin na guerra da Chechênia.
O Brasil de Dilma Vana, ficou escondido na zona cinzenta da dissimulada retórica petista. Limitou-se a, enfaticamente,
desejar “um futuro de paz e democracia”
à Europa e solidarizou-se com os franceses manifestando “a esperança em um mundo melhor e que seja contra futuros atos de
intolerância”. Claro! Nenhuma
palavra acerca da defesa da liberdade de pensamento e expressão. Como sabemos
todos, esses não são valores do seu partido que procura obstinadamente impor formas
de censura à imprensa nacional.
É. Ficou mesmo muito mais difícil
para os países que flertam com o
totalitarismo fazer de conta que são democráticos.
Crimes
contra a humanidade costumam seguir padrões comuns. Os genocidas matam porque
possuem uma insaciável sede de poder e riqueza ou porque são psicopatas no grau
máximo nutrindo ódio eterno a tudo o que não se encaixa nos sombrios desvãos de
sua personalidade decomposta. Os motivos são sempre os mesmos: odeio sua etnia,
seus costumes, sua religião, seu deus, sua sexualidade, sua cultura, suas
crenças. Odeio e ponto final! Meu objetivo é um só: exterminá-lo sumariamente.
Não há ponderações nem negociação possíveis. Quero construir uma sociedade à
minha imagem e semelhança, única forma de me sentir confortável seja nesse
mundo ou no inferno. Os exemplares dessa aberração humana estão espalhados em
todos os quadrantes do planeta.
O escritor italiano Humberto Eco (O Nome da Rosa) em entrevista ao jornal Il Corriere dela Sera, nos desvenda um
cenário pavoroso. A humanidade estaria entrando em uma nova era de trevas ressuscitando
uma nova guerra mundial baseada na imposição de um “apocalipse teológico” pelo
grupo radical Estado Islâmico.
Para
Eco, profundo conhecedor do caos que o fanatismo religioso pode criar nas
sociedades, estamos atolados até o pescoço numa nova forma de nazismo que
utiliza métodos de extermínio seletivos para a implantação de uma nova
sociedade de religião ditatorial e sanguinária.
É
o novo apocalipse jihadista que pretende arrastar o planeta para o buraco negro da
ignorância, levando de roldão milênios de desenvolvimento civilizatório,
científico e humanista.
Isso
sem falar dos indícios sutis de simpatia de determinados partidos brasileiros
em relação aos terroristas islâmicos. Propõem negociar com eles (como se isso
fosse possível), e claro, o controle de todas as ideias dissidentes que
pretendam enfrentar seus planos de dominação. Por aqui isso se chama de “Controle
Social da Mídia”.
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