Ler, como todos sabem, faz
bem à mente e ao espírito. Os livros e suas histórias são o clarão que rasga o
escuro mundo dos preconceitos e da ignorância. Sem livros nossa humanidade
estaria em risco.
Os estudos científicos que
atestam os benefícios da leitura para o cérebro já não são novidade. Um dos
mais recentes foi realizado pelo neurocientista estadunidense Gregory Berns da
Universidade de Emory. Dr. Berns submeteu 21 estudantes ,da própria universidade,
à ressonância magnética por 19 manhãs consecutivas. Nos cinco primeiros dias os
voluntários não haviam lido nada. Contudo, após o início de sessões de leitura (sempre
à noite) do romance “Pompéia” de Robert Harris e submetidos a sessões de
ressonância nas manhãs subsequentes foi constatado visível aumento de conexões
neurais na região do cérebro responsável pela linguagem e também na área
encarregada das funções motoras.
As emoções que os livros
nos trazem remontam à nossa infância. Minha geração deliciou-se com a obra
imortal de Monteiro Lobato assim como os garotos e garotas de hoje se deleitam
com os livros sobre Harry Potter. Passam-se os anos e a leitura permanece sendo,
além de um dos maiores prazeres conhecidos, fonte inesgotável de conhecimento e diligente
esmeril a polir as arestas de nossa personalidade.
Não é por outro motivo que
o cinema também tem investido no filão da leitura. Os mais maduros
provavelmente viram o clássico Fahrenheit
451 (François Truffaut/1966) sobre um futuro sombrio onde os livros são
proibidos para que se opere a morte do pensamento crítico. O personagem
principal é o bombeiro Guy Montag cujo trabalho, ora vejam, é justamente atear
fogo aos livros. O “451” do título refere-se à temperatura da combustão do
papel ( equivalente a 233 graus Celsius).
No Brasil tivemos o belo “Central do Brasil” (Walter Salles, 1998)
sobre Dora a escritora e leitora de cartas a pessoas analfabetas ansiosas por
receber notícias de suas famílias.
Recentemente, pudemos
assistir “O Clube da Leitura” (Robin
Swicord/2007) que nos mostra o poder da literatura- no caso, os livros da
escritora inglesa Jane Austen (1775-1817) - cujos personagens servem de modelo
para a mudança das vidas de um grupo de mulheres fragilizadas.
Também tivemos “O Leitor” (Stephen Daldry/2009) que
narra a emocionante história de Anna condenada à prisão perpétua por
participação na barbárie nazista. Ela, também analfabeta, conhecera um rapaz
que lhe conduzia a mundos melhores através da leitura de livros como “A Odisseia” de Homero.
O recentíssimo “A menina que roubava livros” (Brian
Percival/2014) retoma o período nazista para narrar a história da garota Liesel
Meminger que rouba livros antes que fossem queimados ( uma prova de que a vida plagia
a arte) na Alemanha de Hitler. Liesel também lê para um escritor judeu que se
esconde em sua casa.
Pulemos para o Brasil de
hoje. Nesta época pré-eleitoral ficamos sabendo que o ex-presidente Fernando
Henrique Cardoso veio a público defender seu partido das acusações gratuitas do
semianalfabeto Lula da Silva.
Fernando Henrique disse em artigo
publicado no sítio “Observador Político” o que o país que lê já está cansado de
saber:
“Para se defender, Lula ataca. Jamais se
explica, sempre acusa. Acostumado a atirar pedras, Lula é incapaz da
autocrítica. Quando deveria, de forma rigorosa, abominar a prática da
corrupção, ele tenta distrair a opinião pública jogando culpa nos outros. Ora,
a grandeza de um líder está em assumir a responsabilidade, por si e por sua
equipe, dos possíveis erros cometidos, buscando corrigi-los e superá-los, não
em levantar suspeitas sobre outrem com o claro objetivo de se esquivar de seus
compromissos éticos e políticos”.
Quando provocado pela imprensa para se
manifestar sobre o artigo, claro que a reação do “Pajé de Caetés” não poderia
ser outra: “Não leio, FHC”, jacta-se com a empáfia dos energúmenos.
Lula, o iletrado terminal, como
sabemos, abomina livros e se orgulha de nunca ter lido um sequer! Passará à História como o ex-presidente que os odiava.
Deveria ser obrigatório todo político fazer ressonância magnética para que os eleitores conhecessem o estado de suas conexões neurais. A de Lula certamente seria um caso extraordinário para os estudos do Dr.Berns. Se é que seus dois neurônios sejam passíveis de detecção...
Deveria ser obrigatório todo político fazer ressonância magnética para que os eleitores conhecessem o estado de suas conexões neurais. A de Lula certamente seria um caso extraordinário para os estudos do Dr.Berns. Se é que seus dois neurônios sejam passíveis de detecção...