1. Não basta ir para as ruas pedir
mudanças. É preciso entender o processo político e escolher “programas” e não “indivíduos”.
2. Não dá pra exigir dos menos
instruídos e informados ( coincidentemente,
os mais pobres) que entendam diferenças programáticas e o que elas significam
para o futuro do país. Eles, coitados, estão preocupados mesmo é com sua
sobrevivência imediata.
3. Pelo total desconhecimento de como
funciona o Congresso e como se aprovam as leis, os eleitores acabaram votando
sem coerência partidária. Por isso elegeram o mais conservador parlamento da
história recente. As mudanças terão que esperar.
4. Fica cada vez mais clara a
necessidade de uma ampla reforma política com a adoção, por exemplo, do voto
distrital.
5. Quanto mais elevado o nível educacional do
eleitor maior a possibilidade de se obter “voto de qualidade”. A ignorância é terreno fértil para todo tipo
de manipulação ( o PT sabe disso melhor do que ninguém). A exceção que confirma
a regra foi São Paulo que reelegeu o Tiririca.
6.
A Lei da Ficha Limpa nos livrou de políticos tão poderosos quanto
corruptos como Paulo Maluf. E isso não é pouca coisa...
7.
Não há lei no mundo que impeça um parlamentar de lançar seus familiares
na política. Poder e prestígio são excelentes cabos-eleitorais. A questão é tornar
prática comum o eleitor monitorar o
desempenho do candidato que ele próprio elegeu e defenestrá-lo na próxima
eleição caso isso seja necessário.
8.
Os institutos que fazem pesquisas eleitorais no Brasil precisam com
urgência aperfeiçoar seus métodos. A imprecisão atual não pode ser justificada
apenas na volatilidade das intenções de voto.
9. A sociedade começa a dar sinais de que não
aceita a corrupção. O PT tinha 88 deputados e agora tem 70. O PMDB tinha 71. Ficou
agora com 66. O PP tinha 40. Caiu para
36. A “bancada do Youssef” teve
expressivas perdas. Não se reelegeram Luiz Argolo (PP-BA), Cândido Vaccarezza
(PT-SP). Aline Correa (PP-SP) desistiu de concorrer assim como João Pizzolatti
(PP-SC).
10. Liberdade de imprensa, de opinião
e de informação são antídotos poderosos contra a perpetuação de malfeitores na
política.
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