A Apple, pela terceira vez consecutiva, ganha o título de
marca mais valiosa do mundo. Os dados de 2013 foram divulgados pela empresa nova-iorquina
MillwardBrown, uma das mais conceituadas do planeta.
A Apple, mesmo após da morte de Steve Jobs, continua impávida
no topo com sua marca valendo 185,07
bilhões de dólares. Para você ter ideia do que isso representa, saiba que a
marca Apple equivale à metade do PIB da Colômbia (370 bilhões de dólares) ou, um pouco menos
que o PIB de todo o Peru (196 bilhões de dólares).
O Google, está em segundo lugar (valor de 113,67 bilhões). O
ícone “Coca-Cola” ocupa a quarta posição (78,42 bilhões), mas na categoria de
bebidas ela reina soberana em primeiro lugar.
Mesmo com toda a guerra declarada ao cigarro em todo o mundo
(no Brasil de 2012 somente cerca de 12% da população fumava), a Marlboro ainda
está forte na oitava posição com valor de USD 69,38 bilhões.
A marca de automóveis mais valiosa é a japonesa Toyota
recuperada completamente do desgaste de 2010 quando a segurança de seus produtos ficou
abalada por causa do defeito no pedal do acelerador, lembra-se? Isso é passado. A Toyota é a 23ª marca mais valiosa do mundo (e a
primeira do setor automotivo, valor USD 24,5 bilhões), à frente da alemã BMW
(24ª posição, valor USD 24 bilhões). A Mercedes-Benz ocupa a modesta 43ª posição.
Todos sabem quão difícil pode ser o relacionamento com os
bancos. A imagem deles todos está quase sempre ligada à ganância desenfreada e
à falta de sentimentos nobres. Do movimento estadunidense “Ocupe Wall Street” à
sanha destruidora dos Black Blocks locais, bancos não são empresas que gozam de
afeto fácil, como uma Disney, por exemplo, (a 25ª marca mais valiosa , USD 32,91
bilhões, e a primeira disparada no segmento de entretenimento).
Pois bem. O HSBC (a despeito dos péssimos serviços que presta
a este blogueiro) está na 24ª posição com valor de USD 23,97 bilhões.Tente ligar para uma agência do HSBC. Se conseguir falar com
alguém de carne e osso merece ter o seu fundo (do poço) de capitalização sorteado já que a única forma de se comunicar
com alguém de lá é por telepatia.
O trabalho “voluntário” cada vez maior que os correntistas são
forçados a fazer para gerir sua vida financeira nos bancos deveria ser pago. Ao
contrário. As tarifas de manutenção de contas estão cada vez mais caras e os
estratagemas para obter suas isenções cada vez mais ameaçadores.
O ativo mais importante das empresas são seus clientes. São
eles que decidem se as promessas que uma determinada marca lhes faz são dignas
de valor ou não. Não são poucas as corporações que investem bilhões em propaganda
tentando defender o indefensável.
São instituições financeiras as empresas que no nosso maior
mercado (São Paulo) ocupam os primeiros
lugares em reclamações ao longo dos últimos 5 anos. Veja em
Em termos nacionais, os bancos comerciais só perdem para as
empresas de telefonia no número de reclamações segundo dados do PROCON/2012.
E agora, deixamos para o final, a grande história de como
destruir o valor de uma marca. No ranking de 2013, a Petrobrás simplesmente foi a
responsável pela derrocada na imagem de todo o segmento em que atua. A
categoria “Energia” caiu 4% em valor de marcas (a maior queda de todas as
categorias).
O declínio da Petrobrás, como até os fósseis do pré-sal sabem,
é fruto dos desmandos do atual governo, cujas políticas para a empresa fizeram-na
perder 48 bilhões de reais na última década. Isso não ficou impune. Pelo menos
em relação ao valor de sua marca.
Em 2011 a Petrobrás
era a 3ª marca de energia mais valiosa do mundo ( valor de USD 13,42 bilhões).
Em 2012, caiu para a 5ª posição (valor de USD 10,56 bilhões – queda de 21%). Em
2013, chegou ao fundo do poço com queda de 45% e valor de marca de apenas 5,76
bilhões de dólares (8ª posição).
E você sabe bem o por quê. Antes de pensar na manutenção da
integridade do patrimônio público e do valor da empresa (a Petrobrás é uma
empresa estatal) o atual governo só quer saber mesmo de construir sua própria “imagem”.
Mesmo que para isso seja preciso destroçar uma das maiores e mais conceituadas marcas
de energia do planeta.
Posição 2013
|
Categoria
|
Marca
|
Valor Bi USD
|
1ª
|
Tecnologia
|
Apple
|
185,07
|
2ª
|
Tecnologia
|
Google
|
113,67
|
3ª
|
Tecnologia
|
IBM
|
112,54
|
4ª
|
Fast-food
|
McDonald’s
|
90,26
|
5ª
|
Bebidas
|
Coca Cola
|
78,42
|
6ª
|
Telecomunicações
|
At & T
|
75,51
|
7ª
|
Tecnologia
|
Microsoft
|
69,81
|
8ª
|
Tabaco
|
Marlboro
|
69,38
|
9ª
|
Cartão Crédito
|
Visa
|
56,06
|
10ª
|
Telecomunicações
|
China Mobile
|
55,37
|
Agora, a
relação das TOP 10 de Energia.
Posição 2013
|
Marca
|
País
|
Valor Bi USD
|
1ª
|
Exxon Mobil
|
EUA
|
19,23
|
2ª
|
Shell
|
Holanda
|
17,68
|
3ª
|
Petro China
|
China
|
13,38
|
4ª
|
Sinopec
|
China
|
13,13
|
5ª
|
BP
|
Reino
Unido
|
11,52
|
6ª
|
Chevron
|
EUA
|
9,04
|
7ª
|
Gazprom
|
Rússia
|
6,18
|
8ª
|
Petrobrás
|
Brasil
|
5,76
|
9ª
|
EcoPetrol
|
Colômbia
|
5,14
|
10ª
|
Lukoil
|
Rússia
|
5,01
|
Marcas TOP
10 Latino-americanas
Posição 2013
|
Marca
|
País
|
Valor Bi USD
|
1ª
|
Corona/bebida
|
México
|
6,62
|
2ª
|
Telcel/Telecom
|
México
|
6,58
|
3ª
|
Skol/bebida
|
Brasil
|
6,52
|
4ª
|
Petrobrás/Energia
|
Brasil
|
5,76
|
5ª
|
Falabella/Varejo
|
Chile
|
5,61
|
6ª
|
Bradesco/Financ.
|
Brasil
|
5,49
|
7ª
|
EcoPetrol/Energia
|
Colômbia
|
5,14
|
8ª
|
Claro/Telecom
|
México
|
4,45
|
9ª
|
Itaú/Financ.
|
Brasil
|
4,00
|
10ª
|
Aguila/Bebida
|
Colômbia
|
3,90
|
Pense também
em você como uma “marca” ambulante que está a todo o momento comunicando
valores ao “mercado”.
Bom fim de
semana!