“O símbolo da pouca-vergonha nacional está dizendo que quer ser
presidente da República. Daremos a nossa própria vida para impedir que Paulo
Maluf seja presidente".
“O Maluf é que deveria estar atrás das grades e
condenado à prisão perpétua por causa da roubalheira na prefeitura".
Suponhamos que você seja líder do partido político que
proferiu as frases acima. Suponhamos que, como porta-voz de seu partido ,você seja
o guardião da filosofia, valores e ideias que estão expressos no seu programa
partidário.
O seu partido declara em seu estatuto que é favorável a
um poder que avance na construção de uma sociedade sem explorados e
exploradores.
O programa de governo de seu partido está repleto de
referências “democráticas”. Participação democrática, controle democrático, poder democrático. A
palavra “democracia” é utilizada para adjetivar qualquer substantivo que lhe
preceda.
Entretanto, lá pelas tantas o leitor se depara com a
frase:
“Entre
as prioridades que o partido estabelece para a construção de uma democracia
efetiva está o combate a todos os instrumentos
jurídicos ou policiais de repressão política usados contra os trabalhadores
e contra o povo brasileiro em geral”.
Você já matou a charada. As frases que abrem este texto
são de Lula. O “eixo programático” é o do PT.
O PT sempre demonizou Sarney, Collor, Maluf, Edir
Macedo. Estes elementos notórios por uma atuação nada “republicana” são os
novos “best friends” petistas.
Sarney sempre usou o poder para motivos inconfessáveis.
Quando ele foi criticado de Norte a Sul do país por impor censura ao jornal “O
Estado de São Paulo”, quem saiu em sua defesa com a primorosa frase “Sarney não pode ser julgado como uma pessoa
comum”? Luis Inácio Lula da Silva, inimigo histórico das “forças
reacionárias”.
O PT expressa em seu programa partidário que está ao
lado de qualquer nação que lute contra a opressão de seu povo.
A guerra civil na Síria já matou cerca de 80 mil
pessoas. O regime do tirano Bashar Al-Assad já
trucidou crianças inocentes, jovens idealistas, mulheres desamparadas e idosos
inofensivos. O Brasil sob o governo petista se absteve em condenar o governo
sírio em recente votação na ONU.
A imprensa, hoje, deu ampla cobertura a um trecho da
palestra do Presidente do STF, ministro
Joaquim Barbosa proferida aos alunos do
Instituto de Educação Superior de Brasília (IESB), do qual é professor.
Disse Barbosa:
"Nós temos partidos de mentirinha.
Nós não nos identificamos com os partidos que nos representam no Congresso, a
não ser em casos excepcionais. Eu diria que o grosso dos brasileiros não vê
consistência ideológica e programática em nenhum dos partidos. E tampouco seus
partidos e os seus líderes partidários têm interesse em ter consistência
programática ou ideológica. Querem o poder pelo poder”.
O vice-presidente
da Câmara, André Vargas (PT-PR) ficou irado e demonstrou que a carapuça serviu
à perfeição a seu partido. Reagiu intempestivamente classificando os comentários
de Barbosa como “lamentáveis, autoritários
e que não estão à altura de um presidente do STF”.
Nem é
preciso ver esta foto pra saber que Joaquim Barbosa está coberto de razão.
Desejo a você, caro leitor, uma semana consistente e coerente!
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