O planeta que habitamos tem cerca
de 4,5 bilhões de anos. O método utilizado pelos cientistas é o da datação
radiométrica. Trata-se da medição da radiotividade natural dos vários elementos
químicos que compõem as rochas e minerais da crosta terrestre.
Isso é possível desde 1905 quando
o físico inglês Lord Rutheford propôs o uso da radiotividade para a medição do
tempo geológico. Desde então várias instituições científicas têm realizado
datações mais ou menos precisas que nos permitem ter uma boa ideia da idade de
nosso planeta.
A determinação da idade exata da
Terra só foi possível graças às rochas vindas da Lua e de alguns meteoritos já
que as rochas mais antigas da nossa crosta não mais existem por causa dos
fenômenos de reciclagem ou destruição resultantes dos processos tectônicos a
que estamos sujeitos.
O homo sapiens habita o planeta há cerca de 200 mil anos. Entretanto,
seu comportamento “moderno” não tem mais que 50 mil anos. Ele iniciou com a
fabricação das primeiras ferramentas e
objetos utilitários. Nessa época o homem já era capaz de criar as primeiras
manifestações artísticas através das pinturas rupestres que representavam seu
estilo de vida. É desse período também a
consolidação da linguagem como o elemento fundamental do grande salto do
desenvolvimento humano.
A escrita é muito mais recente: cerca
de 4mil anos a.C.
Muita água já rolou debaixo da
ponte da humanidade. Tragédias climáticas, destruição em massa, revoluções sociais
marcadas pelo conhecimento ou pela falta dele. Guerras ideológicas e matanças religiosas
baseadas em crenças, mitos e preconceitos.
Apesar das insanidades de todas
as épocas estamos vivos. E talvez este seja o melhor período de nossa curta
história civilizatória. Um movimento parece definir os novos tempos: a
aceitação da diversidade. Fruto do domínio científico que entre outras coisas
provou em definitivo a inexistência de “raças” pela comparação do DNA de
diversos agrupamentos humanos. Os cientistas provaram que há mais semelhanças
entre um sueco e um zulu do que entre dois suecos ou mesmo dois zulus.
Claro que isso equivale a uma
bomba de nêutrons a pulverizar as “certezas” de certos arautos do racismo ou de
representantes de seitas e grupos radicais da intolerância.
Queiram ou não assim é a
humanidade: igual em sua origem biológica e extremamente diversa em suas
manifestações culturais, políticas, filosóficas, antropológicas, sociais e sexuais.
Ficam cada vez mais alijados
desse maravilhoso mundo novo aqueles que rejeitam nossa pluraridade,
multiplicidade, heterogeneidade e, em resumo: nossa diversidade!
Somos seres com uma inesgotável
capacidade de fazer e pensar diferente em todos os ramos do conhecimento humano.
Você certamente conhece (ou pelo
menos já ouviu falar) do grande maestro e compositor brasileiro Heitor
Villa-Lobos (1887-1959). Uma de suas mais belas criações é a Melodia Sentimental, parte da obra A Floresta do Amazonas, composta em
1958. A música de Villa-Lobos recebeu uma letra inspirada de Dora Vasconcelos e
suas dezenas de interpretações são a
prova cabal da diversidade de talentos, emoções e sensibilidade humanas.
Escolhemos cinco versões para
você se deleitar e perceber sob outro prisma o caleidoscópio da diversidade. Se
quiser cantar aqui vai a letra.
Melodia Sentimental -
Heitor Villa-Lobos / Dora Vasconcelos
Acorda, vem ver a lua
que dorme na noite escura,
que fulge tão bela e branca
derramando doçura.
Clara chama silente
ardendo o meu sonhar.
As asas da noite que surgem
e correm no espaço profundo.
Ó doce amada, desperta!
Vem dar teu calor ao luar.
Quisera saber-te minha
na hora serena e calma.
A sombra confia ao vento
o limite da espera,
quando, dentro da noite,
reclama o teu amor.
Acorda, vem olhar a lua,
que brilha na noite escura.
Querida, és linda e meiga!
Sentir teu amor e sonhar.
Para você, caro leitor, desejo-lhe uma semana inspirada !
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