Nossa memória cidadã
costuma ser curta. A neurociência explica por quê. Nosso cérebro foi projetado para
guardar viva na sua memória permanente apenas as situações que nos impactaram
sobremaneira. É por isso que jamais esquecemos uma grande emoção quer seja ela
positiva ou negativa.
Os fatos da política, via
de regra, vão para nossa memória RAM e como tal tornam-se volátil com o passar
do tempo.
O Sr. Calheiros (PMDB-AL)
presidiu o senado entre 2005 e 2007 apoiado pelo vetusto e dissimulado Sarney
cujo currículo você já conhece . Em 2007 o Sr. Calheiros envolveu-se em um
escândalo ético por ter-se utilizado de notas fiscais frias para tentar
justificar o pagamento de despesas pessoais. O fato era que um lobista da empreiteira
Mendes Júnior pagava R$ 12 mil de pensão à amante do Sr. Calheiros ,Mônica
Veloso, com a qual ele teve uma filha fora do casamento. Após muitas tentativas
inconsistentes de defesa, não teve ele outra saída senão renunciar para escapar
de um processo de cassação.
Pois bem. Tudo parecia
correr às mil maravilhas até Roberto
Gurgel , Procurador Geral da República afirmar que as denúncias contra o Sr.
Calheiros são “extremamente consistentes” e, já foram apresentadas ao STF ,
estando, por isso mesmo, resguardadas por segredo de justiça.
Um fato é óbvio. Há um
crime sendo investigado contra um senador da República que quer ser presidente
do Senado cuja eleição ocorrerá nesta sexta-feira dia 1º de fevereiro. Isso é
absolutamente intolerável se não fosse um completo achincalhe de nossas
instituições.
A lista de falcatruas do
Sr. Calheiros é longa. Nem bem deixou o senado explodira outro escândalo agora
sobre a compra de estações de rádio por meio de “laranjas”.
Isso sem falar da acusação de tráfico de influência
junto à Schincariol na compra de uma fábrica de refrigerantes, na espionagem de
parlamentares da oposição, na participação em um esquema de desvio de verbas
públicas em ministérios do PMDB e da apresentação de notas frias em nome de
empresas fantasmas para a comprovação de rendimentos...
A boa notícia é a
mobilização da sociedade. Tempos novos esses das mídias sociais e da
instantânea indignação popular que passa a contar agora com um poderoso
instrumento de pressão.
Mais de 54 mil
assinaturas já compõem o abaixo-assinado pela eleição de um “ficha-limpa” no
Senado. A meta é chegar a 100 mil até sexta-feira.
O reforço de várias
ONGs cujo trabalho é denunciar a corrupção na política levou ao gramado
defronte ao Congresso Nacional 81 vassouras, baldes e panos de chão.
A “instalação” tem
a finalidade de expor aos 81 senadores sua responsabilidade para com a nação. São
eles que ,em última instância ,permitirão ou não que os represente como o terceiro
homem na escala de poder da República um elemento com tal ficha corrida.
Acabo de receber de um amigo que está atento aos fatos odiosos que acometem nossa República o link abaixo que nos permite usar nossa força para, utilizando os recursos das redes sociais, limpar nosso país de mal-feitores de todos os calibres. Como você bem sabe, muitos deles estão no Congresso Nacional. Acesse
Você estará assinando virtualmente, uma petição para impedir que o notório ficha-suja senador Renan Calheiros macule o Senado Federal na posição de seu presidente.
Agradeço a Gastão Sofiatti pela atitude cidadã que merece ser copiada.
A propósito, o que você tem feito para fiscalizar os políticos das esferas municipal, estadual e federal em que votou nas últimas eleições?
O Hades é um dos muitos nomes do inferno. Quando o florentino Dante Alighieri (1265-1321) escreveu "A Divina Comédia", tratou de deixar claro que na porta da instituição havia uma faixa dizendo "Vós que entrais deixai fora todas as esperanças".
Com o tempo, os gestores do inferno, todos executivos bem sucedidos no mundo financeiro, político e do show business e com larga experiência na criação de crises internacionais e hecatombes sociais passaram a bolar alguns atrativos a mais para recrutar colaboradores (sim, também lá este jargão é utilizado, mas por trás deste eufemismo eles são mesmo simples empregados sem outra possibilidade de carreira que não seja a subserviência imediata pura e simples).
Como todos sabem, no inferno não há clima para elocubrações filosóficas ( a própria temperatura não é propícia aos devaneios desta ciência que não prescinde do necessário clima temperado para seu adensamento).
Também lá, a moral e ética na forma como Kant -o filósofo alemão Immanuel Kant (1724-1804)- as definiu não encontram eco em qualquer de seus círculos concêntricos (diz Dante que são nove...).
Rebitada na parede do hall de entrada em vermelho carmim todos podem ler em letras flamejantes a missão, visão e os valores da instituição (na paleta de cores dos interior designers infernais não há lugar para cores pastel). A recepcionista de lá fez um curso intensivo de conectividade emocional e perscruta num lance d'olhos os pensamentos mais recônditos dos new comers.
Enquanto os novos associados preenchem alguns dados básicos na tela 3D sensível ao toque ,no monitor ligado às redes de TV do planeta passa os próximos capítulos de "Salve Jorge" que está dando alto IBOPE por lá não obstante ostentar no título o nome de uma persona non grata. Mas quem há de resistir à crueldade canastrosa de uma Lívia que carrega na bolsa uma injeção letal para as carótidas desavisadas? Ou, quem há de não gargalhar com a estultície de uma Morena que confunde uma vilã óbvia com sua santa protetora e provável futura coach? A Lucimar (mãe da Morena) namorando o bandido braço direito da vilã tomando-o por um trabalhador honesto e bem intencionado mesmo carregando no rosto os trejeitos mais comezinhos de ruindade e desfaçatez está sendo usada para o treinamento atitudinal para as novas hostes de Cérbero (cão monstruoso de três cabeças, guardião da entrada do inferno). Isso é o que dá a repetição ad nauseam de uma fórmula antiga e desgastada. A novela de Glória Perez é uma lição do que pode acontecer às empresas que preferem a comodidade do mesmismo às incertezas dos projetos inovadores. Lembra de "A Favorita"? Quando nem eu nem você nem o Brasil suspeitava que a verdadeira vilã era a recatada Flora (numa interpretação precisa de Patrícia Pillar)? Nem precisamos falar da dupla Carminha / Nina de "Avenida Brasil" ( a primeira, superstar absoluta nas hostes de Lúcifer).
O inferno está cheio de bem intencionados como você já ouviu dezenas de vezes... Não é lá o lugar ideal para um Genoíno que se autoisenta de culpa por ter tido um passado de glórias? Talvez não, pois os executivos sêniors do capeta não toleram fracotes dissimulados. Já o Zé Dirceu teria vaga assegurada.
Bem, você já deve ter percebido que este texto está um caos completo. Acho que por influência de Caronte (o barqueiro que transporta os destinados aos abismos pelos rios Estige e Aqueronte divisores dos mundos dos vivos e dos mortos).
Uma coisa é certa:o inferno é aqui mesmo como sabemos há séculos.
Mauro Hoffman e Elissandro Spohr os proprietários da boate Kiss (em última análise os responsáveis pela estúpida morte de 233 jovens aprisionados em sua sala infernal) estão na recruiting list do Hades.
Deverão dar assessoria na instalação de saídas de emergência para os salões onde eles realizam workshops.
Lá como você já sabe: "Vós que entrais deixai fora todas as esperanças". Enviemos nossas melhores vibrações de paz aos familiares deste jovens mártires de Santa Maria.
Se
você não sabe ainda, você é um filósofo. Todos nós somos. De uma forma ou de
outra.
Filosofia
não é um misterioso mundo alheio à realidade vivido por entidades exóticas que
fazem da divagação um meio de vida. Filosofia é o que todos praticamos quando
pensamos na vida. Ao questionar raciocinando sobre as questões fundamentais que
nos afligem desde que encaramos o sol neste planeta há 200 mil anos estamos
fazendo filosofia.
Leia
qualquer filósofo. Fale com qualquer pessoa. Você encontrará não mais que três
questões essenciais que encasquetam as mentes desde sempre:
1. De onde viemos?
2. Para que vivemos?
3. Para onde vamos?
Três
áreas do conhecimento humano tentam responder estas questões: a filosofia, a
religião e a ciência. As três não são necessariamente excludentes. Muito pelo contrário. A ciência
acaba de confirmar a existência do Bóson
de Higgs ou a “Partícula de Deus“ (para mais detalhes, leia neste Blog “Deus, o
Natal e o Bóson de Higgs”). A grandequestão ainda não foi respondida (não pela ciência): qual o fato gerador
do Bóson de Higgs?Sim. Porque os
filósofos estão carecas de saber: não há efeito sem causa. E quem responder que
o universo veio do Big Bang, a questão continua a martelar com mais impertinência.
E quem ou o que gerou o Big Bang?
A
filosofia tem dominado o terreno da ética, da moral, da justiça e das
interrelações dos seres humanos nos seus diversos arranjos sociais.
A
religião é um dos elementos mais viscerais, persistentes e influenciadores da
vida humana. Por isso mesmo tem provocado as reações mais apaixonadas e
extremadas. De uma coisa não se pode fugir. Os cientistas sabem que o “nada”
não existe posto que o “nada” não poderia gerar algo tão belo, complexo e
sujeito a leis inequívocas como o universo.
É este nosso
ponto de partida para falarmos do filme “A viagem” (The Cloud Atlas- Além das
Nuvens, no original) baseado no romance de mesmo nome do escritor inglês David
Mitchell (1969) publicado em 2004.
Considerado
por muitos produtores de cinema como “infilmável” devido sua intrincada
estrutura narrativa que entrelaça as vidas de seis personagens principais (e
algumas dezenas de secundários) em diferentes épocas, países e contextos, o roteiro
tenta se manter fiel à técnica literária do autor apagando fronteiras,
misturando eras , superpondo indivíduos e, claro, gerando com isso grande
desconforto ao espectador que está acostumado à linearidade dos repetitivos filmes
de ação compulsiva.
O filme é
superlativo em tudo. São quase três horas de duração (melhor seria se durasse
no máximo duas horas e meia, o padrão para superproduções deste nível). Somente
o custo de produção ultrapassa os cem milhões de dólares (o maior orçamento de
um filme independente até hoje). O roteiro é dos irmãos Andy e Lana Wachowski -“Matrix”. A direção é de Andy Wachowski e Tom Tykwer - “Corra Lola, Corra”.
Cada ator/atriz
interpreta pelo menos umas quatro personagens diferentes. O trabalho de
caracterização e maquiagem é impressionante. Se você quer saber quem interpreta
o que não vá embora até que as luzes da sala se acendam.
David
Mitchell em entrevista a Carolyn Kellog do Los Angeles Times explicou que criou
para cada personagem uma “autobiografia”
verossímil a partir dos temas que mais preocupam a humanidade : sexualidade,
espiritualidade, trabalho, dinheiro, linguagem e posição social.
“Almas atravessam as eras como nuvens
atravessam os céus e no entanto nem a forma nem a tonalidade nem o tamanho da
nuvem permanecem inalteradas. Embora sejam nuvens são também almas. Quem poderá
dizer de onde vêm e para onde vão as nuvens amanhã? Somente Sonmi, o leste, o
oeste, a bússola , o atlas e ,ora veja, somente um atlas feito de nuvens” .
Se ficou
hermético demais para você , o discurso do autor está ancorado na interconexão e
na conectividade de tudo o que nos cerca. O meteorologista estadunidense Edward
Lorenza partir da Teoria do Caos já
propusera um sistema de equações matemáticas com o objetivo de modelar a
evolução do clima. A expressão “O efeito borboleta” ficou famosa pelo formato
geométrico das equações de Lorenz que remetia a uma borboleta. No limite, o
simples bater de asas de uma borboletano Brasil poderia desencadear um furacão na Malásia.
Pois bem, o
filme traça as múltiplas conexões entre seis personagens em um período de 472
anos. O início de tudo está em 1849 com o advogado Adam Ewing (Jim Sturgees)
enviado ao sul do Pacífico pelo sogro para negociar a compra de mão de obra
escrava. Este fato se conecta no ano de 1930 com a vida do compositor Robert
Frobisher (Ben Whishaw) que influencia ações da jornalistaLuisa Rey (Halle Berry) em 1970 e impacta nos
dias atuais o trabalho do editor Timothy Cavendish (Jim Broadbent). Mas são as
personagensdo futuro , o clone Sonmi-451
(Doona Bae) que é explorada como garçonete-escrava na Seul do ano 2144 e o
sobrevivente da catástrofe final que destruiu o planeta no ano de 2321, Zachry
(Tom Hanks) que realmente balizam os aspectos filosófico-transcendentais do
filme.
O filme nos
remete a outros clássicos da ficção científica com algumas citações que serão
reconhecidas pelos viciados em cinema.
Como disse
Sócrates “Sábio é
aquele que conhece os limites da própria ignorância. Mas eis a hora de
partimos, eu para morte, vós para a vida. Quem de nós segue o melhor rumo,
ninguém o sabe, exceto os deuses.
Entenda como quiser.
O tema
merece uma postagem posterior, mas por enquanto ficamos por aqui.
Adoro cinema. Qualquer filme para mim merece ser visto. Mesmo naqueles que desgosto sempre acho alguma peça que servirá para um futuro encaixe no meu lego mental.
O cinema é, queiram ou não, a grande arte do milênio. Revi na semana passada o clássico de Walt Disney "Fantasia" (da pré-história da animação digital) mas belo e atual como nunca.
Se você viu:
Metrópolis (Fritz Lang -1927)
Alphaville (Jean-Luc Godard -1965)
2001. Uma Odisseia no Espaço ( Stanley Kubrick -1968)
O Mundo no Ano de 2022 (Richard Fleischer - 1973)
Blade Runner (Ridley Scott - 1982)
Total Recall (Paul Verhoeven - 1990)
Cidade das Sombras (Alex Proyas - 1998)
A trilogia Matrix (Andy Wachowski - 1999/2003)
Avatar (James Cameron -2009)
vai ficar mais fácil entender e gostar de A Viagem -Cloud Atlas ( Tom Tykwer/Andy Wachowski -2012).
Antes de blogar sobre o filme acho importante que você veja primeiro o trailer. Amanhã postarei a Parte 2.
Pretendo criar um Blog para apresentar formas criativas de abordar tratar temas corporativos.
A cada assunto proporei um filme que será a base da discussão.
O primeiro filme é "Caixa Dois", uma película brasileira lançada em 2007 e que apresenta de uma forma muito didática alguns dos assuntos corporativos mais visados.
Gostaria de testar esta ideia primeiramente com você, leitor, que tem me prestigiado com sua atenção.
É claro que sua experiência só ficará completa se você assistir o filme (de qualquer modo, pode ser uma boa diversão para este fim-de-semana). Este vídeo está disponível nas locadoras.
Convido-o a enriquecer este "piloto" com sua opinião, sugestões e críticas.
Grande abraço e excelente fim-de-semana.
Celso T.R.Carvalho
CAIXA
DOIS
Título original: Caixa Dois
Título no Brasil : Caixa Dois
Gênero : Comédia
País / Ano : Brasil / 2007
Duração : 83 min
Diretor : Bruno Barreto
Atores Principais / Personagens:
Fúlvio
Stefanini / Luiz Fernando
Giovana
Antonelli / Ângela
Daniel
Dantas / Roberto
Cássio
Gabus Mendes /Romeiro
Zezé
Polessa / Dona Lina (Angelina)
Estúdios: Globo Filmes / Miravista
Distribuidora : Buena Vista International
Sinopse
Dr. Luiz
Fernando presidente do Banco Federal (interpretado por Fúlvio Stefanini)ao mesmo tempo que vende uma imagem de
correção e honestidade, fruto de sua origem humilde, articula nos bastidores todo
tipo de falcatrua para apropriação de
dinheiro ilícito. Apesar de muito lucrativo, o banco prepara a demissão de 600
funcionários dentre os quais Roberto (interpretado por Daniel Dantas), um
gerente dedicado e fiel à instituição. Numa dessas operações financeiras
escusas Luiz Fernando e seu assessor Romeiro (Cássio Gabus Mendes) são forçados
pelas circunstâncias a usar a secretária executiva Ângela (Giovana Antonelli)
como “laranja”. Mas, a semelhança de nomes e números de conta faz com que o
dinheiro seja depositado na conta errada, simplesmente a conta da esposa de
Roberto.
Temas abordados no filme:
·Saudação
ao telefone
·Comunicação
comclientes / funcionários
·Desperdícios
(combate a)
·Assédio
Sexual
·Suborno
·Ética
Cena
1 - Saudação ao telefone e Comunicação com clientes /funcionários.Combate a desperdício. Minutagem : Cap 2 - 0:12:05 (Roberto entrando no Banco)
Cap 2 - 0:14:03“Uma das que mais
respeita e valoriza seus funcionários”
Vemos aqui um gerente que valoriza pessoas
e é comprometido com a empresa. Ao entrar no Banco cumprimenta pelo nome o
vigilante “Bom dia, Walter”. A cena é especialmente ilustrativa ao enfatizar a
forma correta como os funcionários saúdam o cliente ao telefone:
“Banco
Federal, Janice, Bom dia!” ;
”Banco Federal, Camila, em que posso ajudar?” ;
“Banco Federal, Marcelo, tenha um bom dia!”.
Nem sempre este primeiro contato
é bem utilizado pelos atendentes das empresas. É comum ouvirmos ao telefone
saudações tão rápidas e mal-articuladas que não entendemos direito nem o nome
da empresa nem o da pessoa que nos saúda.
Aqui você verá diversos funcionários
do Banco Federal saudando clientes ao telefone com clareza, entonação correta e simpatia. Perceberá também como o gerente
Roberto além de cumprimentar seus funcionários com alegria e consideração, dá
exemplo de como se pode combater desperdícios com criatividade.
Ao final desta
sequência, Roberto defende a instituição com muita propriedade ao ser indagado
sobre os boatos de demissão passando confiança e tranquilidade..
Temas que podem ser objetos de
discussão e trabalho:
1. Você
já telefonou para sua própria empresa e sentiu como os clientes são tratados?
Este é um ótimo exercício para aferir a qualidade da comunicação ao telefone.
Compare o exemplo mostrado nesta cena com o que ocorre em sua empresa. Discuta
sobre a necessidade de ter um padrão de qualidade na comunicação ao telefone.
2. Como
é, em sua empresa, a forma como as pessoas se saúdam? Você certamente conhece
pessoas que chegam à empresa de manhã e não saúdam ninguém. Isto é tanto mais
notado quanto mais alto é o degrau que a pessoa ocupa na hierarquia formal.
Discuta como esse comportamento pode indicar problemas de comunicação e como
pode afetar o clima organizacional.
3. Comente
a atitude orientada para a eliminação de desperdícios demonstrada pelo gerente.
4.
Comente a forma de comunicação usada pelo gerente quando questionado sobre os
boatos de demissão em massa.
Cena 2 - Assédio Sexual Minutagem:
Cap
2 - 0:14:27(Secretária e segurança na
porta) Cap 2 - 0:15:57(Secretária
sorri)
O banqueiro Luiz Fernando chega ao
trabalho de helicóptero. Ângela, sua secretária ,o aguarda no heliporto. Luiz
Fernando parece já ter feito diversas investidas na secretária. A mais recente
é “Você sabe, quando a porta do helicóptero abriu e eu te vi, eu juro por tudo
o quanto é sagrado que eu pensei: o helicóptero caiu, eu morri e estou chegando
ao paraíso”.
Ângela responde: “Muito gentil, Dr. Luiz Fernando”. Você
prefere despachar agora ou quer esperar?” (O tratamento “você”, neste caso,
constitui um indício de que existe intimidade entre ambos) . O banqueiro
continua: “Se eu morri e estou no céu, vamos aproveitar a presença dos anjos”. Na
sequência, o banqueiro acaricia o joelho da secretária e ela deixa escapar “um
jantar bacana”. É que ela estava pensando “isto devia valer um jantar” e o
pensamento saiu em voz alta.
Para tentar consertar, ela sugere que Luiz
Fernando faça um jantar de lançamento para o CRED-FED - uma linha de crédito
para aposentados. O banqueiro elogia a ideia dizendo “Você me surpreende a cada
segundo. Você tem uma cabecinha de ouro e que talento, papagaio!”. Ângela
sorri.
Temas que podem ser objetos de
discussão e trabalho:
1. Na convivência entre homens e mulheres no
trabalhopodem ocorrer situações
inesperadas e às vezes constrangedoras . Como sua empresa lida com isto? O que
constitui “assédio sexual” para sua empresa? Discuta todos os aspectos
mostrados na cena e proponha formas de tratar o problema.
2.
Hoje em dia, com a evolução dos costumes, é comum termos situações de namoro e
até casamento entre colegas de trabalho. Como sua empresa lida com isto?
3. Na
cultura corporativa há regras que não são “escritas”. Uma delas se refere à
forma de vestir, que obviamente varia de empresa a empresa e está de certa
forma ligada ao ramo em que ela atua. Neste caso temos um banco e uma
secretária do presidente. Discuta sobre a forma de vestir de Ângela. Está
adequada? Como tratar desta questão no âmbito corporativo?
Cena 3 - Tentativa de suborno. Minutagem:
Cap
3 - 0:20:48 “Dá licença, Dona Lina?” Cap 3 - 0:22:51 ( Pai do Lucinho apanha o dinheiro e sai)
Este filme mostra várias formas de comportamentos
antiéticos entre pessoas de diferentes classes sociais. Escolhemos esta cena
que retrata a tentativa de suborno de uma professora feita pelo pai de um
aluno. A professora é a esposa de Roberto, Dona Lina. Ao final de uma aula, o
paido “Lucinho” entra na sala e põe em
cima da mesa da professora um maço de dinheiro alegando que é “uma singela
colaboração de alguém que compreende que os professores recebem um salário
ridículo”.
Dona Lina trata do caso com muita categoria. “Digamos que eu
aceitasse. O que o senhor acha de seu filho ser educado por uma pessoa
corrupta?”. O pai responde que não se importa com isso. A professora o deixa
sem saída com esta proposta: “ Eu chamo seu filho e conversamos com ele: seu
pai lhe acha tão burro, mas tão burro, que o único jeito que ele encontrou de
você melhorar suas notas foi dando um dinheiro para mim.Você concorda com o seu
pai?”
O pai do alunopega o dinheiro e
se retira.
Temas que podem ser objetos de
discussão e trabalho:
1. É
cada vez mais comum as empresas formalizarem um “Código de Ética” e divulgá-lo
entre seus funcionários. Como sua empresa trata dos casos que infringem este
código?
2.
Como você, cidadão, se coloca, eticamente, frente a situações do dia-a-dia?
Ética é algo negociável? É algo que se pode relativizar? Discuta.
A maioria das empresas costuma repetir mantras corporativos
que não têm correspondência nas suas ações cotidianas. Um deles é “ter foco no
cliente”. Se você fizer uma pesquisa rápida dentre as principais organizações
globais perceberá que 100% delas dizem que um de seus valores estratégicos é
“ter foco no cliente”. É bacana dizer isso. Infelizmente existe um buraco negro
entre esta intenção e a sua devida prática.
Peter Löscher, presidente mundial do conglomerado alemão
Siemens em entrevista à Harvard Business Review de novembro/2012 disse que
quando assumiu o cargo queria saber quantos de seus gestores realmente
praticavam o valor da empresa “ter foco no cliente”.
A Siemens como todas as empresas de primeira linha costuma
realizar um evento periódico do tipo “kick off” ( para os não iniciados, numa
tradução livre, trata-se do “pontapé
inicial” do jogo corporativo anual, aquele em que a alta direção reúne sob o
mesmo teto a inteligência da empresa
para compartilhar os objetivos estratégicos do ano que se inicia).
Peter, que viera de fora do ecossistema Siemens (era diretor
da também alemã Merck, uma potência do ramo farmacêutico), queria saber quantos
de seus 700 gestores ao redor do mundo realmente praticavam o notório “ter foco
no cliente”. Não foi preciso contratar uma empresa de pesquisa para saber isso.
Ele simplesmente acessou a agenda de todos os seus gestores para investigar
quanto do tempo deles era destinado a algum tipo de contato com clientes.
Eureca! Descobriu a grande falácia que era o “ter foco no
cliente” em sua empresa. Os clientes da Siemens não constavam na maioria esmagadora
das agendas de seus gestores.
Peter foi mais longe. Criou um “ranking” que mostrava em
ordem decrescente o tempo dedicado ao cliente por todos os integrantes de sua
equipe. Para dar uma sacudida nas pessoas ele resolveu radicalizar: listou
todos pelo nome. Inclusive o dele próprio.
Ele ocupava o primeiro lugar da lista já que enquanto
estivera na Merck se habituara a dedicar
um grande espaço de sua agenda aos clientes e durante seus primeiros meses na
Siemens, para conhecer bem a imagem da empresa, dedicou 50 % do seu tempo para
contatá-los.
O ranking surtiu o efeito desejado. Já na grande reunião
seguinte o status quosofreu uma reviravolta.
“Não sou mais o número
1 nos contatos com clientes. Meus gestores, enfim compreenderam que foco no
cliente não deve ser apenas uma frase de efeito, mas um valor essencial que
precisa ser praticado todos os dias”, revela Peter.
Um dos principais senão o principal papel do CEO é assegurar
que os valores de sua empresa sejam materializados e protegê-los dos que
procuram vilipendiá-los. E esses não são poucos. Alguns o fazem por possuírem
uma agenda oculta e inconfessável que privilegia seu próprio interesse em
detrimento do da corporação. Outros, por não acreditar que sejam importantes já
que eles próprios não adotam “valor” algum para nortear suas vidas. E, claro,
há aqueles cujos valores não são compatíveis com a companhia que lhes paga o
salário.
Cabe então ao executivo número 1 da organização mostrar que
os valores não são frases decorativas para adornar as paredes das instalações. É ele
que, através de seu exemplo, deve sinalizar a todos de alto a baixo da escala
hierárquica e funcional que os valores corporativos formam a filosofia estruturante das estratégias e
ações da empresa. São o seu DNA que a identifica e distingue para o mercado e a
sociedade.
O exemplo de Peter Löscher bem que poderia ser usado pelos
homens (e mulheres) públicos do país. Cabem a eles salvaguardar os valores da
nação (por exemplo: Ordem e Progresso). Nada impede que a presidente Dilma investigue
quanto do tempo de seus ministros é
dedicado a conhecer, avaliar e acompanhar os programas do governo que impactam
diretamente no bem estar e no sucesso dos empreendimentos de vida dos cidadãos (cujo
conjunto forma esta entidade muito falada mas pouco compreendida chamada
Nação).
Os professores e diretores de nossas instituições de ensino
deveriam ter suas agendas escrutinadas para sabermos quanto de seu tempo é
dedicado a reunir-se com seus alunos e respectivos responsáveis para feedbacks
recíprocos, reavaliação de estratégias e correção eventual de rumos .
A lista é longa e serve para toda e qualquer atividade humana
seja ela pública ou privada.
Nesses tempos de virtualização dos contatos e relativização
dos valores melhor ainda se em cada instituição pudéssemos acessar o ranking
daqueles que se importam verdadeiramente com o sucesso de seus semelhantes.
Criança de 10 anos foi atingida por bala perdida na véspera de
Natal. Para o plantão noturno do dia 24 de dezembro faltou ao trabalho o
neurocirurgião Adão Orlando Crespo Gonçalves. A criança morreu.
Há 65 milhões de anos
ocorria aquele que talvez tenha sido o maior desastre natural do planeta. Um
meteoro do tamanho da ilha de Manhattan colidiu com a península de Yucatán no
México, abrindo uma cratera de 180 km de diâmetro. O planeta foi imerso em uma
noite eterna e os dinossauros , extintos.
Desastres naturais são
comuns como um novo vírus de gripe a cada inverno. Ocorrem em todas as partes
do mundo. Dizimam populações levando desespero e terror a tantos quantos são
por eles subjugados.
Em 1906, um terremoto de
quase 8 graus na escala Richter destruiu a cidade de San Francisco nos Estados Unidos.
Em 1970, um ciclone com
ventos de inimagináveis 224 km/h varreu de Bangladesh 300 mil pessoas (se você
acha este número assustador, saiba que em 1931 uma mega enchente na China
exterminou 3,7 milhões de seres humanos).
Mais recentemente, tivemos,
em 2004, o tsunami no Oceano Índico que afogou cerca de 230 mil pessoas na Tailândia, Indonésia e outras regiões do sudeste asiático. Em 2005,
o furacão Katrina devastou 80% da cidade estadunidense de Nova Orleans com cerca duas
mil vítimas fatais.
Em 2011, a tríplice catástrofe
terremoto + tsunami + acidente nuclear em Fukushima, no Japão, transformou uma
enorme área densamente povoada em terra de ninguém.
Dois anos depois, Nova Orleans
já estava quase refeita, um novo e eficaz sistema de alerta de tsunamis foi
implantado na Tailândia. A proverbial competência japonesa restaurou pontes,
estradas e edifícios com a rapidez de um jogo de Lego.
E no Brasil, além dos indefectíveis
fogos de Copacabana na virada do ano, cenas de cidadãos em desespero por terem
seus parcos recursos arrasados pela força das chuvas previsíveis de verão tomam
de assalto a tela da TV.
Somos um país que não
aprende.
No biênio de 1888/1889 uma
seca de proporções infernais assolou metade do Nordeste. O imperador Dom Pedro
II, ao constatar in loco tamanha
devastação e miséria de seus súditos exclamou “Se preciso for venderei até a minha coroa para que nenhum sertanejo padeça
de fome”.
Sabemos todos que a seca é um conhecidíssimo fenômeno
natural . De Dom Pedro II à Dilma do PT não fomos capazes de criar nem usar nenhum
tipo de tecnologia para mitigar os seus
efeitos. A seca atual, que é uma das mais severas dos últimos anos, encontra a
obra de transposição do rio São Francisco, obviamente, atrasadíssima e super-
faturadíssima (situação, aliás, semelhante à que se relegam nossos aeroportos,
rodovias, portos, hospitais e escolas).
Não sei se você, leitor, se
recorda que o Papa João Paulo II, em uma de suas passagens pelo Brasil ao
visitar uma favela no Rio de Janeiro, tirou do dedo seu anel papal e doou-lhepara que fosse leiloado tão impressionado que
ficara com a situação de pobreza dos nossos concidadãos cariocas.Hoje, vemos na TV o governador Sérgio Cabral assustado como um desabrigado
a balbuciar chavões lamuriosos que mal disfarçam a inexistência de um plano de
gestão ambiental digno desse nome.
A gestão ambiental nacional
é igual a zero. Há décadas as enchentes castigam os moradores de São Paulo sem
previsão de uma solução definitiva. As nossas tragédias climáticas estão longe
de ser apenas o resultado de intempéries
anunciadas. Elas são, principalmente, o resultado de um conjunto de descalabros
típicos de uma sociedade inepta, incompetente e tolerante ao erro. Barracos se
empilham em áreas de risco? Nenhum poder público os detém. Encostas escorregam
sobre casas que não deveriam estar ali? A culpa é da meteorologia.
Toneladas de lixo entopem
bueiros metropolitanos? Só resta à fúria das águas represadas cobrar a imprevidência
da população deseducada que vai continuar a jogar lixo nas ruas e chorar nos albergues
dos sem-teto da estação.
Em janeiro de 2011 a região serrana
fluminense enfrentou uma das piores tragédias climáticas urbanas que se tem
notícia no país: 918 mortos, 215 desaparecidos e centenas de desabrigados.
Nenhum trabalho sério de prevenção foi executado. Os recursos foram desviado e malversados
pelos mesmos de sempre que continuam
impunes. Casas prometidas continuam em construção ou no papel sem a mais remota
previsão de entrega. E assim vamos de enchente a enchente.
O fato novo deste dilúvio em
Xerém é o cantor Zeca Pagodinho percorrer as ruas da comunidade em seu quadriciclo vermelho motorizado com o
semblante horrorizado e declarando às câmaras de TV que tem nojo dos políticos.
Brad Pitt foi mais
pragmático. Mandou construir, do próprio bolso, casas para os desabrigados do
Katrina no bairro mais destroçado de Nova Orleans o Lower Ninth Ward. As chamadas
“Casas Pitt”, como foram chamadas, são construções sustentáveis projetadas por
arquitetos renomados. Mesmo assim, os beneficiados criticaram alegando que as
casas são por demais “fashion” e não
têm nada a ver com a “cultura local”.
Ontem na TV, uma moradora de
área de risco disse ao repórter que estava feliz por que sua casa foi entregue
pelo governo do Estado do Rio com três
anos de atraso, sem piso e rede hidráulica. “Melhor do que nada”, resigna-se.
Pra você ver que cada país
tem o povo, os políticos e as personalidades que merece.
Desejo a todos vocês, caros leitores, muito sucesso e alegrias em 2013.